Introduzo esta reflexão recordando o fato ocorrido em Éfeso. Paulo ao chegar àquela localidade encontrou alguns discípulos e perguntou-lhes: “Recebestes o Espírito Santo quando abraçastes a fé?” Cf. At 19, 1-2.
Acredito que aos que estão convencidos de que o Espírito Santo faz deles sua moradia, pela unção do santo crisma, podem com convicção dar esta resposta. Este hóspede Divino impulsiona todo o batizado a ver, julgar e agir segundo o desejo de Deus e desta forma, continuar a criação, como ocasião da manifestação do amor criativo de Deus.
Cultivar um trato de amizade com este “advogado”, leva o cristão a expressar a ternura do Coração de Deus, sobre tudo quando sucede a situação onde humanamente seria de atitude explosiva, no entanto a pessoa tem resposta segura, verdadeira, mas com brandura que deixa o adversário desmontado.
A presença deste consolador ajuda o fiel a descobrir o encantamento pela realidade o Reino, o gosto por ocupar-se com esta realidade, sem ficar esperando somente pelo tempo pleno, já agora se ocupa para que o Reino aconteça com expressões e paz, justiça e fraternidade. Estar na companhia do Espírito Santo de Deus é ocasião para participar na continua renovação pela qual passa o mundo criatural, onde pela esperança e ação conjunta de Deus e do homem a tristeza é transformada em gozo; o antigo cede lugar ao novo; a morte é vencida pela vida; o que parecia impossível torna-se realidade.
Penso que neste tempo de transformações rápidas, as pessoas são convidadas a estarem em comunhão com este amigo intimo, para que Ele gere as transformações necessárias no interior de cada pessoa.
Pela força e ação Dele, seja possível o “Lançar-se em ares mais profundos”. Para este tempo novo é indispensável o deixar-se conduzir elo Espírito Santo, Ele que é a juventude da Igreja e que renova todos quantos são dóceis às suas inspirações.
Pe José Napoleão Laurentino dos Santos, scj
(Fonte: Boletim “Juventude Dehoniana”, julho 2006 – MDJ Província BC)
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